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Biologia e Controle de Baratas

Apresento-lhes: A Barata!

O que é uma barata? Além de caretas de nojo, essa pergunta é respondida pela maioria das pessoas de forma simples: são insetos cascudos, escuros e resistentes.

De fato, as baratas fazem parte da grande classe dos insetos. Isso quer dizer que elas têm, com poucas exceções, 1 par de antenas, 2 pares de asas, 3 pares de pernas e outras similaridades com as moscas, gafanhotos, formigas, etc.

Além disso um conjunto de características únicas também as permite formar a ordem Blattodea, também chamada de Dictyoptera ou Blattariae.

Podemos descrever aqui algumas de suas especificidades, a começar pela cabeça, muito móvel, voltada para baixo, com longas antenas filiformes e grandes olhos compostos.

Os ocelos laterais são representados por duas manchas ocelares e o ocelo mediano é ausente, as peças bucais são bem desenvolvidas e próprias para a mastigação.

A cabeça é recoberta e protegida pelo pronoto, uma projeção rígida do tórax em forma de capacete.

Também do tórax saem os 2 pares de asas, o anterior, que fica por cima, é mais resistente e tem uma textura pergaminosa, por isso essas asas são chamadas de tégminas.

As asas posteriores, que ficam protegidas pelas tégminas, são do tipo membranoso, a maioria das baratas prefere andar e suas pernas são propícias para uma locomoção rápida.

Por isso, também, algumas espécies apresentam asas bem reduzidas (braquípteras) ou são ápteras, ou seja, não possuem asas.

O abdome, que pode ou não estar coberto pelas tégminas, comporta órgãos internos importantes, como intestino, órgãos reprodutivos e coração.

Externamente, ele possui em sua extremidade um par de cercos, apêndices que funcionam como órgãos olfativos.

Cerca de 4000 espécies fazem parte da ordem Blattodea e novos membros vêm sendo descobertos na natureza.

Apesar desse número assustar (ou enojar), a maioria das pessoas só terá contato com menos de 1% dele, quer dizer, com as 35 espécies que habitam ambientes humanos ou com hábitos domissanitários.

A porcentagem se reduz ainda mais se lembrarmos que poucas espécies, cerca de 8, dominam este cenário:

Periplaneta americana (barata vermelha, barata americana, barata grande, barata de esgoto) e Blattella germanica (barata pequena, baratinha, barata alemã, francesinha, paulistinha, barata de cozinha ou de madeira), que são as mais frequentes em São Paulo;

Periplaneta australasiae (barata australiana), Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname), Leucophaea madera (barata cascuda ou barata grande dos armazéns), Supella supellectiliumBlatta orientalis (barata oriental), Periplaneta brunnea (barata parda).

Descrições das principais baratas domésticas que existe no Brasil:

Periplaneta americana (barata vermelha, barata americana, barata grande, barata de esgoto): considerada grande, essa barata mede de 2,8 a 4 cm.

É bastante brilhante e de coloração castanho-avermelhada; seu pronoto é escuro, circundado por um anel amarelo.

As tégminas são bem desenvolvidas e cobrem todo o abdome nas fêmeas ou são maiores que o abdome nos machos, é a espécie mais abundante em São Paulo.

Blattella germanica (barata pequena, baratinha, barata alemã, francesinha, paulistinha, barata de cozinha ou de madeira): é uma barata pequena e mede de 1-1,4 cm.

A característica mais marcante talvez seja o pronoto com 2 faixas longitudinais escuras, as tégminas nas fêmeas cobrem todo o abdome, mas são mais curtas nos machos. São animais muito frequentes em cozinhas e restaurantes.

Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname): animal médio, medindo de 2 a 2,4cm, é brilhante, de cor castanho-escura a preta.

As tégminas cobrem todo o abdome. É semidoméstica, ou seja, pode ser encontrada tanto em ambiente natural como doméstico.

Periplaneta australasiae (barata australiana): é muito parecida com a Periplaneta americana, também é grande, medindo de 2,3 a 3,5 cm, é castanho-escuras a castanho-avermelhada.

As tégminas cobrem a extremidade do abdome e possuem uma faixa amarela próxima à borda.

Leucophaea maderae (barata cascuda ou barata grande dos armazéns): também é uma espécie semidoméstica.

Considerada a mais repulsiva, é uma barata grande, medindo de 4 a 5 cm, tem coloração cinzenta ou pardacenta e duas faixas castanho-escuras na área basal das tégminas.

Supella supellectilium: barata pequena, de 1 a 1,6 cm, de coloração variável, as tégminas cobrem quase todo o abdome nas fêmeas e vão além dele nos machos, é muito parecida com a Blattella germanica.

Blatta orientalis (barata oriental): de tamanho médio, mede de 2 a 2,4 cm e tem coloração castanho-avermelhada escura a preta.

As tégminas são mais desenvolvidas nos machos que nas fêmeas mas ainda não atingem a extremidade do abdome, nas fêmeas, as tégminas são muito curtas.

Periplaneta brunnea (barata-parda): sua coloração é muito parecida à da barata americana, é grande, medindo de 3,1 a 3,7 cm, as tégminas são longas, mas não tanto quanto o abdome.

Internamente as baratas são insetos típicos, característica que inclusive as posiciona como modelos em diversas pesquisas e estudos.

Em laboratório, elas também são bastante utilizadas como alimento para escorpiões, aranhas e outros animais por sua riqueza em proteínas e nutrientes.

A respiração das baratas se dá por meio de espiráculos, que são aberturas ao longo dos dois lados do abdome por onde o ar pode entrar e sair.

O ar então é encaminhado para traquéias que se ramificam e perdem diâmetro, alcançando os tecidos. Nesse ponto é possível haver o abastecimento das células com oxigênio.

O conhecimento da respiração das baratas é bastante importante para o desenvolvimento de inseticidas.

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Do que as Baratas Gostam?

A frase acima pode parecer estranha, mas as baratas também têm seus costumes, seus gostos, sua rotina diária.

Também, independente do nosso amor ou ódio, é sempre imprescindível conhecer essas preferências para manejarmos esses insetos.

Antes de tudo, vale lembrar que poucas espécies de baratas vivem em meio urbano (menos de 1%). Por isso costuma-se dividi-las em dois grupos em função do seu habitat: baratas “silvestres” ou “do mato” e baratas “domésticas”.

As baratas do mato são muito numerosas e vivem no solo, sob pedras, entre folhas secas e sobre plantas de ambientes naturais.

Elas exercem um importantíssimo papel nos ecossistemas como alimento para outros animais, como aves, lagartos, mamíferos.

E Também como recicladoras de matéria orgânica porque como veremos com mais detalhes, elas comem de tudo, em especial restos no solo e vertem nutrientes pelas fezes.

Esses insetos não devem ser mortos, mas protegidos para garantir o equilíbrio dos ecossistemas.

As baratas domésticas vivem dentro de residências, restaurantes, hotéis, depósitos, esgotos, latrinas, navios, etc., ou seja, vivem conosco, que lhes damos alimento abundante, abrigo, principalmente em fendas das paredes, e proteção contra predadores.

As preferências por ambiente variam com a espécie: algumas vivem somente em lugares fechados, outras somente em meios abertos, outras intercalam em diferentes graus.

Essas baratas, por terem contato com esgoto e cadáveres, além de tornar alimentos e outros bens impróprios para uso, devem ser controladas para reduzir nosso contato com elas.

Conhecendo tudo isso, vamos responder a mais algumas perguntas para entender, ou mesmo compreender melhor as baratas.

O que as baratas comem?

De tudo, por isso são chamadas onívoras, em ambiente natural comem restos de matéria orgânica. Em meio urbano, comem lixo, cadáveres, alimentos, colas, cremes, cerveja, etc.

Qual é a rotina da barata?

As baratas são animais noturnos, ou seja, saem de seus esconderijos durante a noite em busca de água, alimentos e parceiros para acasalamento.

Quando há falta de água ou comida ou há superpopulação, podem sair durante o dia também.

As baratas não são insetos sociais, como cupins, formigas ou abelhas, mas é comum encontrá-las em grupos, por isso são consideradas gregárias.

Outra informação interessante é que as baratas preferem caminhar a voar. Mas, a Periplaneta americana, ou barata vermelha, pode voar em noites bem quentes, principalmente em busca de parceiros para acasalamento, porém os vôos são raros e curtos.

Como a Barata se Reproduz?

Apesar de não serem tratadas com tal, as baratas são seres vivos e fazem parte de uma grande população, que vem sendo pisoteada, envenenada e odiada pela humanidade.

E como seres viventes, elas nascem, crescem, se reproduzem e, apesar da morte ser muitas vezes longa e difícil, elas morrem, completando um ciclo de vida básico.

O modo de passar por essas etapas é, no entanto, realizado de forma particular, ao “estilo da barata”.

Acasalamento:

As baratas adultas são divididas em machos, que possuem órgãos reprodutivos masculinos e produzem espermatozóides, e fêmeas, que produzem óvulos nos ovaríolos, até aqui não há novidades.

Quando em período reprodutivo, as fêmeas liberam um odor, chamado de feromônio sexual, que atrai machos, ocorre então uma intensa antenação no encontro do casal, ou seja, as baratas se tocam com suas antenas.

O macho expõe uma glândula localizada na superfície dorsal do abdome, que secreta uma substância da qual a fêmea se alimenta.

Enquanto a fêmea sobe no macho para se alimentar da substância, por baixo o macho tenta introduzir a sua genitália na fêmea, para iniciar a cópula.

Quando ambos estão ligados pelas genitálias, o macho vira-se e assume uma posição oposta à da fêmea e as extremidades dos abdomens se mantém unidas.

A cópula pode durar uma hora ou mais, e durante este processo o macho transfere o espermatóforo, estrutura que contém os espermatozóides, para a fêmea.

Os espermatozóides são armazenados na espermateca da fêmea, ficando ativos por um longo período.

Em algumas baratas, como a Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname), pode ocorrer reprodução assexuada, por partenogênese.

Isso quer dizer que as fêmeas, sem ter contato com machos, produzem novos indivíduos: seus óvulos não fecundados se desenvolvem e produzem novas fêmeas.

Esse tipo de reprodução é muito eficiente para o aumento da população de uma determinada espécie

 Quando em condições ambientais também favoráveis, pode até haver um aumento exagerado, dificultando seu controle pelos homens.

No caso da barata do Suriname, existem machos na população, apesar de serem muito raros, o que indica que pode haver também a reprodução sexuada.

Produção e deposição de ovos:

Da fecundação de um óvulo por um espermatozóide, forma-se um ovo, que é alongado e visível a olho nu.

Os ovos ficam dispostos em 2 fileiras na ooteca, como balas em uma cartucheira. As ootecas, popularmente conhecidas como estojos, variam em forma, tamanho e número de ovos entre as espécies e dentro de uma mesma espécie.

Como regra, antes de largar a ooteca em um local, a fêmea carrega-a presa na extremidade do abdome por horas ou dias, a princípio a ooteca é esbranquiçada e mole e torna-se, com o tempo, dura e amarronzada.

Eclosão das ninfas e crescimento:

Dos ovos maduros nascem as ninfas, que rompem a ooteca trabalhando juntas, chamam-se ninfas aos jovens dos insetos paurometábolos.

Ou seja, quando de um ovo de inseto nasce um jovem que é muito parecido com o adulto, mas possui algumas diferenças como cor distinta e ausência de asas, além de ser imaturo sexualmente, este jovem é chamado ninfa.

Como os insetos possuem uma capa dura de quitina, o exoesqueleto, eles não podem crescer sem trocar essa capa, ou seja, fazer uma ecdise (mudas).

As ninfas, portanto, sofrem ecdises e crescem, se você já viu a chamada “barata albina” você flagrou uma ninfa justamente após uma ecdise, ainda enrijecendo o novo exoesqueleto.

Nas últimas mudas começam a surgir asinhas curtas pouco desenvolvidas, as tecas alares, depois da última muda a barata é adulta, as asas estão completamente crescidas e ela está pronta para a reprodução.

A esse tipo de desenvolvimento, envolvendo as fases de ovo, ninfas e adulto, chama-se paurometabolia.

Alguns detalhes do desenvolvimento das baratas são distintos para as diferentes espécies. Seguem algumas particularidades das principais baratas brasileiras: a barata alemã (Blattella germanica) e a barata americana (Periplaneta americana).

B. germanica: possui ciclo de vida mais curto e mais rápido que a barata americana e é também mais resistente a inseticidas.

A fêmea pode depositar de 4 a 8 ootecas durante sua vida, as quais medem 8x3 mm e têm de 30 a 40 ovos, em média.

O número de ovos tende a diminuir ao longo da vida da fêmea, a ooteca é mantida presa na extremidade do abdômen até que o desenvolvimento embrionário esteja quase terminado.

O período de incubação depende da temperatura e umidade, mas em geral dura cerca de 14 dias.

A fêmea pode ajudar as ninfas a saírem do estojo (ooteca). Estas que passam por cerca de 6 a 7 estádios ninfais, ou seja, sofrem de 6 a 7 ecdises até atingirem o estágio adulto..

P. americana: costumam por suas ootecas em cantos ou fendas escuras e protegidas, os estojos possuem número variável de ovos (geralmente 16), 8x5 mm e são carregados pela fêmea apenas 01 dia depois de formados até ela achar um lugar adequado para sua deposição.

As ootecas podem ser enterradas, cobertas com pedacinhos de papel, etc, o intervalo entre a deposição de uma ooteca e outra é de 1 semana.

O período de incubação também depende de temperatura e umidade, as ninfas nascem ao mesmo tempo e forçam a abertura do estojo, que se abre em 2 metades, ocorrem de 9 a 13 ecdises durante o desenvolvimento imaturo.

Prejuízos Causados ao Homem:

É provável que o dano gerado pelas baratas mais repudiado pela população seja o susto ou medo e a sensação de asco causados a muitas pessoas, considerados justificativa suficiente de muitos para a total eliminação desses insetos.

No entanto, outros danos mais graves também dão base a essa luta.

As baratas não causam danos relevantes para a agricultura, elas são mais importantes do ponto de vista domissanitário: adaptaram-se ao ambiente doméstico, onde danificam alimentos e roupas e disseminam doenças.

Por isso são consideradas “pragas urbanas”.

Entre os principais prejuízos causados ao homem podem ser citados:

Ingestão de alimentos não é significante por ser em poucas quantidades.

Depreciação de alimentos, ao caminhar ou viver sobre a comida, as baratas defecam e a contaminam, além disso, elas possuem secreção repugnante liberada por glândulas , a qual tem um odor nauseabundo característico, o “cheiro de barata”.

Tudo isso torna o alimento impróprio para o consumo, desta forma pode-se afirmar que estes insetos provocam danos mais expressivos aos alimentos em termos qualitativos que quantitativos.

Danos a livros, roupas e documentos, devido à deposição de fezes e ootecas ou à ação de roer, susto, medo e nojo causado a muitas pessoas.

Fonte de alimento para outros animais, escorpiões, lagartixas, aranhas e outros animais indesejáveis que se alimentam de baratas são atraídos pela presença destas, levando indiretamente a maiores danos.

Transmissão de agentes patogênicos ao homem e aos animais domésticos, talvez essa seja a principal razão do combate às baratas.

Acredita-se que elas, depois da mosca doméstica, são os animais que mais facilmente transportam germes de doenças de um local para outro (principalmente bactérias e protozoários), podendo transportar cerca de 40 bactérias patogênicas diferentes das quais 25 são Enterobacteriaceae, organismos responsáveis por gastrenterites no homem.

Esses insetos podem também ser hospedeiros intermediários de helmintos patogênicos (vermes) e carregar ovos e larvas, além de vírus, protozoários e fungos.

Várias espécies de seres vivos apresentam algum tipo de associação com as baratas. Entre estes podem ser destacados:

Bacterióides: são partículas intracelulares, não são patógenos importantes do homem. Encontradas no tecido adiposo, dentro de ovos e embriões de baratas.

Essa associação é provavelmente benéfica a ambos atores.

Protozoários: necessários para a sobrevivência das baratas que comem madeira porque produzem celulase, enzima que digere a madeira, permitindo seu aproveitamento pelas baratas.

Alguns protozoários causadores de doenças ao homem e seus cistos podem ser transportados por estes insetos.

Vírus: agentes da poliomielite já foram encontrados em Blattella germanicaPeriplaneta americana e Periplaneta brunnea.

Bactérias: diferentes espécies de MicrococcusSalmonellaBacillusMycobacterium e outros gêneros, incluindo espécies causadoras de doenças, como Mycobacterium leprae (causador do mal de Hansen ou lepra), são transportados e disseminados por esses insetos.

Fungos: muitos fungos são encontrados em baratas, alguns causadores de doenças ao homem.

Vermes: dentre muitos, estão o Ancylostoma duodenale e Necator americanus, encontrados na P. americana, causadores do amarelão.

Trichiurus trichiura, um parasita do intestino grosso causador da tricuríase, também é encontrado em P. americanaB. germanica e outras espécies.

As baratas adquirirem agentes patogênicos por viverem e se alimentarem em latrinas, fossas, esgotos, lixo, cadáveres, etc., e os veiculam por suas fezes, secreções, ao morrerem, ou simplesmente na sua locomoção, quando germes podem cair de suas patas ou corpo.

As Baratas ao Redor do Mundo:

“Tudo ali havia secado - mas restara uma barata, uma barata tão velha que era imemorial, o que sempre me repugnara em baratas é que elas eram obsoletas e no entanto atuais.

Saber que elas já estavam na Terra, e iguais a hoje, antes mesmo que tivessem aparecido os primeiros dinossauros.

Saber que o primeiro homem surgido já as havia encontrado proliferadas e se arrastando vivas.

Saber que elas haviam testemunhado a formação das grandes jazidas de petróleo e carvão no mundo, e lá estavam durante o grande avanço e depois durante o grande recuo das geleiras - a resistência pacífica.

Eu sabia que baratas resistiam a mais de um mês sem alimento ou água, e que até de madeira faziam substância nutritiva aproveitável.

E que mesmo depois de pisadas, descomprimiam-se lentamente e continuavam a andar, mesmo congeladas, ao degelarem, prosseguiam na marcha...

Há trezentos e cinquenta milhões de anos elas se repetiam sem se transformarem, quando o mundo era quase nu elas já o cobriam vagarosas.”

Clarisse Lispector resume com poesia nesse trecho o histórico das baratas na Terra, de fato, as baratas foram um dos primeiros insetos com asas a existir no planeta.

Há indícios de que as primeiras se originaram no continente africano há aproximadamente 300 a 400 milhões de anos atrás e mudaram pouquíssimo desde seu surgimento, o que é mostrado por fósseis.

As mudanças mais acentuadas registradas são variações no número de espinhos das pernas e no padrão de nervura das asas.

Isso indica que esses insetos são altamente adaptados e resistentes, o que é possibilitado pelo formato do corpo, pela carapaça resistente e sistema imune eficiente

Vale lembrar que baratas domésticas vivem no esgoto, entre germes, mas não ficam doentes!

Indícios fósseis indicam uma especial abundância das baratas no Carbonífero, que compreende o tempo entre 359 milhões e 200 milhões de anos a.C..

O período chegou a receber o nome de “Idade das Baratas”, dada a quantidade de fósseis desses animais que datam dessa época.

O registro é formado principalmente por marcas de asas e suas nervuras, que possibilitam a identificação das espécies.

Na América do Sul, os fósseis mais antigos datam de 280 milhões de anos e também foram reconhecidos somente pela presença de asas.

Porém, em rochas calcáreas da região de Santana do Cariri, no Ceará, foram encontrados insetos contemporâneos aos dinossauros bem preservados que datam de 112 milhões de anos.

Talvez o fóssil mais intrigante de barata seja o encontrado em Ohio, nos Estados Unidos. Nele está registrada a maior barata conhecida, do tamanho de um rato.

Ela vivia em pântano gigantesco, 55 milhões de anos antes dos dinossauros surgirem, haja chinelo para uma barata dessa!

As baratas domésticas são ou já foram, em algum lugar do mundo, silvestres e encontraram no ambiente urbano facilidades para sua sobrevivência, como alimento, abrigo e água.

O homem também acelerou sua disseminação pelo mundo através de seus meios de transporte.

Com a intensificação do comércio internacional e transferências de mercadorias, muitas baratas já se tornaram cosmopolitas.

Pelo menos 8 espécies de baratas domésticas parecem ser originárias da África, de onde se espalharam pelo comércio (transporte de cargas). Os principais meios de disseminação são:

Carros e caminhões, principalmente de móveis e gêneros alimentícios. Como as distâncias percorridas são relativamente curtas, a dispersão é limitada.

Navios, historicamente são infestados de baratas, apesar de transportarem principalmente as espécies domésticas, podem dispersar também as silvestres a outras áreas do mundo.

Como ocorre no transporte de banana da América Tropical a outras partes, onde são encontradas com frequência a barata cascuda (Leucophaea maderae) e a barata australiana (Periplaneta australasiae).

Essa forma de disseminação é bastante importante por ser de larga distância e pelo grande número de indivíduos que pode carregar.

Aviões em especial na bagagem e nas cozinhas, acredita-se que as baratas, principalmente a Periplaneta americana (barata vermelha), são encontradas em todas as vilas, povoados e cidades de todos os estados brasileiros.

A barata vermelha pode ser encontrada em residências, depósitos de lixo, bares, restaurantes, despensas, hotéis, navios, etc. e frequenta latrinas, fossas, esgotos, lixo e cadáveres de animais, onde pode adquirir agentes patogênicos ao homem ou a animais domésticos.

A espécie já foi descrita em São Paulo, Amapá, Amazonas, Rio Grande do Norte, Bahia e Rio de Janeiro.

Blattella germanica (baratinha) prefere viver em cozinhas e é problema muito sério em restaurantes do estado de São Paulo.

Diferente do que ocorre no Brasil, ela supera a barata vermelha em muitos países, acredita-se que ocorra em todos os estados brasileiros.

Outras baratas menos abundantes também têm suas preferências:

Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname): pode se tornar comum em depósitos, despensas, etc. No Brasil, já foi descrita em São Paulo, Pará, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

Periplaneta australasiae (barata australiana): é encontrada em residências danificando roupas, livros e plantas. Têm sido encontrada no Amapá, Amazonas, Pará, Paraíba e Rio de Janeiro, mas acredita-se que esteja presente em todos os estados brasileiros, inclusive São Paulo.

Leucophaea maderae (barata cascuda ou barata grande dos armazéns): pode tornar-se freqüente em depósitos de sacos e de garrafas vazias. No Brasil, já foram encontradas em São Paulo, Amazonas, Bahia e Rio de Janeiro, mas sua distribuição deve abranger todos os estados brasileiros.

Supella supellectilium: é encontrada em São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. Sua distribuição também abrange Cuba, Estados Unidos, Índias Ocidentais e vários países não americanos.

Blatta orientalis (barata oriental): pode ser encontrada em residências ou fora delas. Sua presença no Brasil é certa, mas ela ainda não foi descrita em nenhum estado.

Periplaneta brunnea (barata-parda): no Brasil, ocorre principalmente no Pará e Rio Grande do Norte. Também é conhecida no Chile e Guiana.

Curiosidades: As baratas vão dominar o mundo?

As baratas são animais extremamente resistentes, um indivíduo adulto pode viver até 01 mês sem alimento, 02 semanas sem água e pode ficar 40 minutos submerso; a casca dura de quitina pode suportar várias chineladas; patas perdidas podem ser regeneradas após alguns dias.

Além disso, características anatômicas, ou seja, o formato achatado do corpo, possibilitam deslocamento por fendas de 1,6 mm e proteção em vãos muito pequenos.

Existe a discussão sobre o possível domínio do mundo pelas baratas após uma guerra nuclear, é claro que isso é uma lenda, mas, como todas as outras, tem uma base na verdade.

De fato, as baratas, em especial suas ootecas, se mostram com uma resistência acima da média para a radioatividade e altas temperaturas.

Além disso, elas poderiam se esconder facilmente em casos de desastres globais, garantindo sua sobrevivência, e também podem produzir um grande número de descendentes, cerca de 100 mil por casal.

As baratas são irmãs dos cupins?

Estudos têm mostrado grandes similaridades entre as baratas e os cupins, sendo estes últimos algumas vezes considerados como “baratas sociais”.

Além de corpos e fisiologia parecidos, ambos os grupos apresentam simbiose com protozoários para digestão de madeira.

Ou seja, eles possuem esses microorganismos no intestino para produção da enzima celulase, características moleculares (de DNA e RNA) também apontam grau de parentesco.

Baratas podem viver sem cabeça?

Diferente dos mamíferos, os principais órgãos vitais dos insetos e, é claro, das baratas, não estão na cabeça: os corações estão ao longo de um vaso dorsal no tórax e abdome, o sistema nervoso é formado por gânglios espalhados pelo corpo, o ar para a respiração entra por meio de espiráculos laterais no abdome.

Tudo isso, somado à baixa pressão interna que evita grandes perdas de hemolinfa (o “sangue” dos insetos), permite que as baratas vivam até um mês sem cabeça, morrendo de fome após esse período.

Vale usar essas informações também para explicar o que é aquela melequinha branca que sai das baratas esmagadas: principalmente gordura, que envolve as víceras.

Qual é a maior barata do mundo?

A maior barata do mundo foi encontrada em uma caverna de Bornéu, no sudeste asiático, medindo 10 cm.

Apesar de ser uma barata muito bonita, com coloração azul-metálica, foi inicialmente chamada de “barata monstro” pelos pesquisadores.

Porém, a maior barata do mundo já conhecida já não existe mais, ela somente foi vista em um fóssil encontrado em Ohio, Estados Unidos, e tem o tamanho de um rato.

Já as menores baratas do mundo têm de 2 a 4 mm e, por serem tão pequenas, vivem em ninhos de formigas.

Algumas baratas d’água possuem mais de 10cm de comprimento, no entanto, apesar do nome, elas não são baratas, mas hemípteros, como os barbeiros, quer dizer elas são grandes percevejos aquáticos.

Por que as baratas morrem de pernas pra cima?

Não existem estudos científicos que justifiquem esse fato, mas há duas explicações aceitáveis.

A primeira, do entomologista José Henrique Guimarães, da Universidade de São Paulo, diz que as baratas morrem de barriga para cima porque geralmente os insetos andam em paredes e superfícies verticais, e quando sentem os efeitos do veneno, caem dessas superfícies.

Dessa forma, é bem provável que a barata caia de costas, nessa visão se borrifarmos veneno em uma barata andando no chão, ela morrerá na posição normal, com as asas para cima.

A segunda explicação, do departamento técnico da fabricante de inseticidas Reckitt Benckiser, diz que os insetos viram de barriga para cima para poderem respirar melhor e se recuperar da ação do veneno.

Por que o barato Fliti não morre com os inseticidas?

O barato Fliti das tirinhas de Níquel Náusea, é uma barata viciada em inseticidas, ele é um exagero de um fato real e importante para o controle dessas pragas urbanas: a resistência a inseticidas.

O uso constante destes produtos químicos seleciona indivíduos resistentes a estas substâncias, que geram jovens igualmente resistentes, com o passar do tempo, gerações cada vez mais resistentes vão surgindo, tornando o uso da substância ineficaz.

Quem são as baratas-voadoras?

Baratas são animais que preferem andar e grande parte de seus vôos são associados a períodos reprodutivos.

Ao longo da evolução, elas desenvolveram pernas musculosas e adaptadas para uma locomoção rápida, provavelmente para evitar o contato com predadores (já que uma barata voando é extremamente visível).

Algumas, inclusive, perderam suas asas e são chamadas ápteras (sem asas), para demonstrar como a locomoção terrestre desses insetos é eficiente, há a comparação que garante uma corrida de 320 km/h para uma barata do tamanho de um ser humano!

Infelizmente para a maioria das pessoas, a barata mais abundante nas cidades paulistas, a Periplaneta americana, é uma das com maior propensão a voar, por isso também chamada “barata-voadora”.

Mesmo assim, os vôos se restringem a períodos reprodutivos e aos momentos de desespero, como naquela hora que você foi espantá-la com a vassoura.

Saiba Mais:

MARICONI, F.A.M. As Baratas. In: MARICONI, F.A.M.; FONTES, L.R.; ARAÚJO, R.L.; ZAMITH, A.P.L.; CARVALHO NETO, C.; BUENO, O.C.; CAMPO-FARINHA, A.E.; MATHIESSEN, F.A; TADDEI, V.A.; OLIVEIRA FILHO, A.M.; FERREIRA, W.L.B. Insetos e outros invasores de residências. Piracicaba: FEALQ, 1999. p. 181-209.

Portal Barata-Baratas

ROSA, C. N.; NARCHI, W. O Siri e A Barata. São Paulo: Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências, 1967. p. 77-90.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DA CIDADE DE SÃO PAULO. Animais Sinantrópicos: como prevenir. São Paulo, 24p.

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